O argentino médio tem hoje uma renda digna: dez mil dólares e uns quebrados por ano. Chegaram lá graças aos Kirchners e ao modelo (e não, como dizem os invejosos, por causa das vendas de soja à China).
Tenho para mim (gostaria de ver estudos) que a diferença entre esse nível de renda e o de alguns países mais ricos vem de duas coisas: imperialismo e exibicionismo. Nenhum dos dois, graças a Deus, faz parte da índole do argentino.
São ricos por natureza, e com dignidade. Com a vida ganha, a nação argentina hoje se dedica, essencialmente, ao diálogo.
Exemplo: Sabendo que eu passaria por Buenos Aires, uma conhecida de São Paulo pediu-me que levasse um pequeno maço de dólares para uma amiga sua. Trocados no blue, dariam à moça um complemento de renda. Achei justo.
Encontrei-a na entrada da Galeria Pacífico: diálogo. Perguntou se eu não queria visitar o seu doleiro: diálogo. Conversamos sobre a taxa de câmbio em diferentes bairros: diálogo.
Nas lojas, em geral aceitam-se dólares. A que câmbio? Mais diálogo. Vi jovens brasileiros maravilhados: "Nossos dólares trazidos do Brasil, trocados no paralelo, compram o dobro de coisas! Quem paga por isso?"
Um rico dialogo!
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